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Parte IV – Problemas clínicos
4.10. Abordagem da mulher com problemas da mama e aparelho genital

347. Outros procedimentos imagiológicos
Maria João Queiroz

Documento de trabalho
última actualização em Dezembro 2000

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Patologia uterina:
1. Malformações congénitas: A ecografia pélvica permite a detecção da maioria das malformações congénitas resultantes do não desenvolvimento ou fusão incompleta dos canais Mullerianos. No entanto a ressonância magnética permite avaliar a anatomia uterina e vaginal despistando as anomalias congénitas, devendo ser utilizada quando a ecografia não for conclusiva.
2. Fibromioma/mioma: O exame de primeira escolha deverá ser a ecografia, podendo recorrer-se a ressonância no caso de miomas pediculados de difícil diagnóstico diferencial com massas sólidas ováricas ou adenomiose, antes de miomectomia ou para avaliar resposta de leiomiomas a tratamento hormonal.
3. Pólipos endometriais/hiperplasia do endométrio: à ecografia estas duas situações são indistinguíveis.
4. Carcinoma endometrial: O diagnóstico é efectuado por biopsia podendo a ecografia fazer a distinção entre os tumores limitados ao útero ou com extensão extra-uterina. É a ressonância magnética que permite avaliar a invasão local e regional
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Patologia do colo uterino:
1. Quistos de Naboth: Geralmente são um achado das ecografias de rotina, podendo estar associados a cervicite crónica.
2. Carcinoma cervical: A ecografia só detecta estes tumores em estádios avançados, servindo este tipo de exame só para estadiamento. Neste caso é a TAC e a Ressonância magnética que nos permite avaliar com maior acuidade o tamanho e as localização do tumor, a invasão local, parametrial e ganglionar, permitindo escolher a terapêutica mais correcta (cirurgia/radioterapia).
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Patologia do ovário:
1. Lesões não neoplásicas (quistos funcionais, endometriose, torção do ovário, quisto paraovárico) - O exame de primeira escolha é a ecografia. Em casos inconclusivos pode recorrer-se a ressonância magnética para caracterização da massa, em especial na mulher grávida.
2. Lesões neoplásicas: poderá ser feita ecografia com a associação de doseamento CA 125, ou «eco doppler» para distinção entre lesão benigna ou maligna. No caso de suspeita de lesão maligna pode ser feito o estadiamento por TAC ou ressonância magnética.
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Massa pélvica
1. Doença inflamatória pélvica: O diagnóstico é clínico servindo a ecografia para detecção de patologia associada e avaliação de resposta a terapêutica antibiótica