A anafilaxia
é uma emergência médica dando normalmente o tratamento
imediato bons resultados. À semelhança de outras doenças
alérgicas, a incidência da anafilaxia parece estar a aumentar.
Em 1973 The Boston Collaborative Drug Serveillance Program referia seis
reacções anafilácticas com 0,87 mortes por 10 000
doentes.
Reacções anafilácticas como a picada de himenóptero
são responsáveis por 50 casos letais/ano nos EUA.
Segundo o Australian Bureau of Statistics a picada de himenóptero
é responsável por uma mortalidade de 0,086/1 000 000 hab/ano,
parecendo esta aproximação ser uma subavaliação
já que alguns casos fatais não são comunicados.
A imunoterapia com antigénio específico utilizada largamente
também comporta um risco significativo. Em 1986 um relatório
inglês do Comittee of Safty for Medicines referiu 29 casos letais
com esta terapêutica de 1957 a 1986, sendo os casos mais frequentes
os relacionados com os extractos aquosos purificados, com doentes sofrendo
de asma e com a administração em centros sem os cuidados
de ressuscitação adequados.
O risco de anafilaxia a alimentos até 1988 foi considerado raro.
Um estudo no Colorado definiu o risco de uma reacção grave
a alimentos na população dos EUA como sendo de 1/ano/250
000 habitantes.
1
Etiopatogenia
Consideramos a anafilaxia um síndroma de características
clínicas bem definidas, derivado de uma reacção anafiláctica
ou uma reacção anafilóide, radicando esta distinção
somente na diferença existente no desencadear do processo - reacção
de hipersensibilidade tipo I ou reacção não mediada
imunologicamente.
A anafilaxia deriva da libertação imediata de mediadores
químicos contidos nos grânulos dos basófilos e mastócitos.
A desgranulação destas células é activada
por:
1. Segunda exposição a um antigénio que induziu,
numa primeira exposição, a formação pelas
células B de anticorpos IgE; estes anticorpos possuem uma forte
tendência a ligar-se aos mastócitos e basófilos (receptor
de superfície celular para a porção FC da cadeia
pesada de IgE). Uma ligação cruzada, de anticorpos IgE
adjacentes, por esses antigénios leva a perturbações
dos receptores IgE-FC com descarga dos mediadores pré-formados
(alimentos, vacinas, látex, extractos de pólenes).
2. Directamente (exercício, opiáceos, meios de radiocontraste,
melitina).
3. Activação do complemento por complexos imunes com produção
das anafilotoxinas C3a e C5a (reacções a produtos do sangue).
4. Alterações do metabolismo do ácido araquidónico
por inibidores do ciclo oxigenase (aspirina e AINEs).
O quadro I resume as causas da reacção anafiláctica.
7
Quadro I
Causas
possíveis para o desenvolvimento da anafilaxia
|
Hormonas |
Enzimas
(tripsina, quimiotripsina, estreptoquinase) |
Exercício* |
Látex |
Vacinas |
Veneno
de himenópteros |
Extracto
de pólenes |
Alimentos
(peixe, marisco, ovos, trigo, nozes, soja, amendoins**) |
Drogas
(AINEs, aspirina, penicilina, cefalosporinas, insulina,
sulfonamidas,
produtos do sangue, ACTH, ADH) |
Notas:
* Nalguns casos os sintomas ocorrem só quando o exercício
é precedido pela ingestão de alimentos, sendo os mais frequentemente
implicados o queijo, a couve, a laranja, a maçã, as nozes,
o trigo, o aipo, os ovos, a avelã, o pêssego, o marisco e
as uvas. Virtualmente qualquer proteína alimentar pode desencadear
uma reacção. Estes alimentos produzem 90% de reacções
alérgicas alimentares; outro tipo de reacção pode
sobrevir.
**Parece ser mais frequente em doentes com asma.
A desgranulação
dos mastócitos é um processo activo que requer o influxo
de cálcio. Esta subida do cálcio citosólico livre
está associada a uma elevação imediata e transitória
do AMPc intracelular, o qual irá activar vários passos metabólicos
com secreção subsequente de dois grupos principais de produtos:
mediadores primários contidos no interior dos grânulos dos
mastócitos e mediadores secundários gerados por uma série
complexa de reacções nas membranas dos mastócitos
(Quadro II).
8
Quadro II
Mediadores
dos mastócitos na hipersensibilidade de tipo imediato
|
Primários
|
Histamina |
Factores quimiotáticos eosinófilicos da anafilaxia |
Factores
quimiotáticos dos neutrófilos |
Heparina,
Proteases Neutras e Factores Inflamatórios da Anafilaxia (ligados
à matriz proteoglicana do grânulo). |
Secundários
|
Leucotrienos
(C4, D4, E4) (designados antigamente por Substância Reactiva
Lenta da Anafilaxia - SRSA) |
Leucotrieno
B4 |
Prostaglandina
D2 |
PAF |
São estes compostos vaso-activos e espasmogénicos que medeiam
as manifestações clínicas da anafilaxia. A resposta
inicial torna-se manifesta entre os 5 e os 30 minutos. Pode haver uma
reacção de fase tardia aparecendo, sem nova exposição
entre as 2 e as 8 h e podendo durar 2 a 3 dias. Caracteriza-se por uma
infiltração maciça dos tecidos com eosinófilos,
neutrófilos, monócitos e basófilos e uma destruição
tecidular. Esta resposta tardia é mediada por factores que são
libertados lentamente pelos mastócitos e estão contidos
na matriz proteoglicana do grânulo.
2
Clínica
As manifestações clínicas ocorrem entre segundos
a alguns minutos após o contacto com o alergénio. Quanto
mais rápido for o início mais grave será a reacção.
Inicialmente são afectados os sistemas respiratório e cardiovascular
(Quadro III).
9
Quadro III
Sintomas,
sinais e respectivos mecanismos na anafilaxia
|
Sintomas/Sinais |
Mecanismo |
Estridor |
Edema
da laringe |
Rouquidão |
Edema
da laringe |
Nó
na garganta |
Edema
da laringe |
Sensação
de peso no peito |
Obstrução
brônquica |
Pieira |
Obstrução
brônquica |
Asfixia |
Angioedema |
Hipotensão |
Saída
maciça do espaço intra vascular para o extra vascular. |
Isquemia
miocárdio
(com ou sem enfarte) |
Vasoconstrição
coronária |
Outros
sintomas interessam a pele (eritema cutâneo, urticária, rubor)
e o sistema gastrointestinal (vómitos, diarreia, dores abdominais).
Por vezes há delírio e um gosto metálico na boca.
O diagnóstico diferencial tem de ser feito com várias entidades
nosológicas (Quadro IV).
10
Quadro IV
Situações
clínicas a considerar no diagnóstico diferencial da
anafilaxia
|
Arritmia
cardíaca |
Enfarte
do miocárdio |
Aspiração
de alimentos |
Embolia
pulmonar |
Reacção
à insulina |
«Globus
histericus» |
Rubor
produzido por um tumor carcinóide ou uma reacção
entre o álcool e a clorpropamida |
Reacções
vaso-vagais |
3
Terapêutica
É de todo o interesse a existência de um protocolo terapêutico
utilizável clinicamente com a finalidade de obtenção
de um eficaz tratamento desta emergência clínica, para além
de poder fornecer a base para uma avaliação de qualidade.
A existência de um algoritmo de orientação terapêutica
que cubra todas as possibilidades de evolução não
é realizável.
O que apresentamos é uma adaptação de Gavalas et
al que sublinha o facto da intervenção clínica ser
orientada pelo grau de gravidade da anafilaxia (Quadro V). Em qualquer
grau deve-se: suprimir o agente causal, manter o doente na posição
horizontal e monitorizar os sinais vitais.
11
Quadro V
Algoritmo
para terapêutica de emergência da anafilaxia
|
Graus
de gravidade |
Grau
I |
Grau
II |
Graus
III e IV |
Clínica |
Sinais
cutâneos
Minor (ex. urticária) |
Sinais
cutâneos
Dores abdominais
Náuseas
Dispneia
Queda da tensão arterial > que 20 mmHg |
Sinais
cutâneos
Vómitos
Defecação espontânea
Broncospasmo
Edema da laringe
Cianose
Paragem respiratória
Choque
Avaliação < 8 na escala do coma de Glasgow |
Terapêutica |
Anti-histamínicos
orais
Manter em observação 1 hora |
O2 Alto
Débito
Adrenalina IM ou nebulização
Soros
Salbutamol (nebulização)
(UCI) |
Adrenalina
IV ou infusão
Desobstrução vias aéreas superiores (intubação
ou cirurgia)
Salbutamol IV
Glucagom |
Vários pontos têm de ser enfatizados:
1. O objectivo principal é manter as vias respiratórias
permeáveis e a pressão arterial dentro dos valores normais.
2. Os doentes com quadro clínico de anafilaxia devem ser monitorizados
de 8 a 24 h após estabilização, já que 20%
destes doentes têm uma recaída ao fim de 4 a 8 horas após
resposta inicial ao tratamento (anafilaxia bifásica); uma percentagem
mais baixa pode ter uma reacção prolongada, com doença
arrastada e contínua.
3. A ausência de urticária e angioedema não implica
um grau de menor gravidade.
4. Há por vezes recuperação, espontânea ou
após terapêutica não convencional, de uma anafilaxia
menos grave, cuja explicação patofisiológica reside
na libertação de alguns mediadores secundários que
inibem a anafilaxia, particularmente os dos eosinófilos (histaminase,
arilsulfatase B, fosfolipase D) assim como uma acção da
histamina que, através dos receptores H2, eleva o AMP cíclico
intracelular provocando diminuição da libertação
de mediadores.
No entanto tal evolução é imprevisível
e todos os doentes deveriam ser orientados da mesma forma.
5. O grau I não significa uma situação inócua;
pode progredir para graus de maior gravidade.
6. Os graus III e IV devem ficar na UCI.
7. Nos indivíduos com medicação b-bloqueante a reacção
anafiláctica é grave e pode ser refractária ao tratamento
convencional. Os b-bloqueantes actuam como um inibidor competitivo das
catecolaminas, tendo de se utilizar terapêutica adicional.
8. Mais de metade dos indivíduos que não recuperam do choque
anafiláctico morrem ao fim de uma hora.
4
Terapêutica
A terapêutica de 1ª linha é constituída por oxigénio,
fluidos e adrenalina.
Fluidos -
A hipotensão deve ser tratada com fluidos intravenosos para expandir
o volume intravascular. Apesar da hipotensão ser multifactorial
há 50% de perdas plasmáticas do volume circulatório.
As soluções colóides (Haemaccel, Dextrano 70, albumina
humana, 10-20 ml/kg) têm a vantagem sobre as soluções
cristalóides (Lactato de Ringer ou soro glicosado isotónico
a 5%, 10-20 ml/kg rapidamente). Permanecem mais tempo no espaço
intravascular atraindo o fluído extravasado para o espaço
vascular e são suficientes em quantidades 3 a 6 vezes inferiores
às de cristalóides.
Adrenalina - Apresenta efeitos benéficos a par de efeitos colaterais
indesejáveis.(Quadro VI)
12
Quadro VI
Adrenalina:
Efeitos benéficos e efeitos colaterais
|
Efeitos
benéficos |
Efeitos
colaterais* |
a adrenérgicos:
aumenta a pressão arterial e a perfusão das artérias
coronárias.
|
Aumento
de consumo de O2 pelo miocárdio: Angina, Isquemia miocárdica. |
b1 adrenérgico:
inotrópico positivo
cronotrópico positivo
|
Aumenta
substancialmente a pressão arterial sisto-diastólica:
eleva o risco de hemorragia cerebral. |
b2 adrenérgico:
broncodilatação
|
Arritmias
cardíacas: aumenta o risco de enfarte do miocárdio. |
b
adrenérgico
diminuição da libertação de mediadores
inflamatórios. |
|
Nota: * Estes efeitos ocorrem quando a adrenalina é administrada
muito rapidamente, em dose excessiva ou inadequadamente diluída.
13
Quadro VII
Vias
de administração: |
IM:
0,5 mg a 1 mg de adrenalina a 1:1000
(regime inicial segundo o British National Formulary)
|
Repetir
dose cada 5/10 minutos, de acordo com a resposta |
SC:
0,3 a 0,5 mg de adrenalina a 1:1000
(América)
|
0,5
a 0,8 mg
(Suécia) |
Nebulização:
Utilizada se a dispneia não responder aos b-adrenérgicos.
1 a 2 ml a 1:1000
IV: Utilizada
esta via em casos mais graves nos quais o potencial de absorção
da adrenalina por outras vias é variável. É esta
via que poderá causar os efeitos colaterais indesejáveis.
Tem que ser dada com monitorização electrocardiográfica
numa diluição de 1:100 000 na UCI. Os efeitos indesejáveis
cardíacos podem ser devidos a outras causas que não a
administração
IV (efeito cardiotóxico directo da melitina, histamina, PAF, leucotrienos,
tromboxano A2., prostaglandina D2).
Preparação
de adrenalina a 1:100 000
Numa seringa de 20 ml juntar 1 mg de adrenalina a 1:1000 a 9 ml de solução
salina. Inutilizar 8 ml da solução (restam 200 µg de adrenalina
na seringa). Adicionar mais solução salina até perfazer
os 20 ml; a concentração final será de 10 µg/ml ou
adrenalina a 1:100000.
Corticosteróides
- É uma terapêutica limitada à prevenção,
ao encurtamento de reacções prolongadas ou à resposta
tardia.
Vias de administração:
IV: Hidrocortisona 5 mg/kg até um máximo de 200 mg seguida
por 2,5 mg/kg cada 6 h.
Metilprednisolona, 125 mg 6/6 h.
Per os: prednisolona 40 a 50 mg/dia: ultrapassa os efeitos colaterais
da administração IV; não se deve utilizar nos doentes
de maior gravidade. Na anafilaxia recorrente idiopática utiliza-se
prednisolona 60 a 100 mg/dia seguida por 60 a 100 mg/dias alternados até
5 a 10 mg/mês.
Anti-histamínicos
- O seu uso nunca tem um papel central no tratamento da anafilaxia. A
sua maior aplicação é feita quando a situação
alérgica não coloca a vida em risco, como a urticária
e o angioedema. Este tem uma duração mais prolongada do
que o efeito da adrenalina e portanto poderá recorrer se não
houver associação de anti-histamínicos.
Apesar dos potenciais efeitos benéficos mediados pelos H2, o uso
de antagonistas H2 não está associado com efeitos adversos.
O consenso actual favorece o uso de anti-histamínicos H1 em combinação
com anti-histamínicos H2. A cimetidina (300 mg IV) é eficaz
no choque anafiláctico refractário não respondendo
ao uso de adrenalina, fluidos, esteróides e anti-histamínicos
H1.
Vias de administração:
IV Clorfeniramina 10 mg:
Difenidramina 25 a 50 mg ou prometazina 12,5 a 25 mg associando a cimetidina
300 mg lentamente ou ranitidina 50 mg. Repetir após 6 h.
Per os: difenidramina 25 mg 8/8 h ou prometazina 10 mg 8/8 h em associação
com cimetidina 400 mg 12/12 h ou ranitidina 150 mg 12/12 h.
Aminofilina
- É utilizada no bronco espasmo grave resistente à adrenalina
e aos esteróides.
A associação de adrenalina e aminofilina não parece
produzir maior incidência de arritmias graves do que o uso de uma
só das drogas (5)5. No entanto não deve ser usada se a
hipotensão
se agravar.
Via de administração:
IV: 5 a 6 mg em 30 minutos com monitorização cardíaca.
A dose deverá ser adaptada ao background do doente (idade, toma
de outros medicamentos).
Salbutamol
- É utilizado no broncospasmo em nebulização.
A via IV é considerada se houver administração de
b-bloqueantes (250 mg em infusão, 5 a 20 µg/minuto).
Glucagom
- É utilizado em doentes fazendo terapêutica com b-bloqueantes.
Faz aumentar o AMP cíclico cardíaco aumentando o «output»
cardíaco. Os b-bloqueantes actuam como um inibidor competitivo
das catecolaminas, pelo que também se utiliza o isoproterenol (IV
0,1 mg/kg/min inicialmente e posteriormente cada 10 minutos até
ao ritmo cardíaco atingir 200 bpm). No entanto esta droga não
deve ser administrada a adultos com doença cardíaca,
devido
a eventual isquemia miocárdica.
Via de administração:
IV: 1 mg cada 5 minutos devido à sua curta semi-vida seguido por
uma infusão de 5 a 15 mg/min.
Sulfato
de atropina - Utilizado no broncospasmo refractário; 1 mg,
IV.
A terapêutica medicamentosa deve ser continuada após a alta,
pelo menos durante mais três dias. O doente deve ser referenciado
à imunoalergologia.
5
Prevenção:
É a melhor forma de impedir uma reacção fatal.
Dever-se-á:
1. Identificar alergénios;
2. Aconselhar a não realização de esforço
físico durante a hora anterior e algumas horas após um procedimento
de alto risco (imunoterapia, injecção de penicilina, uso
de material de contraste).
3. A indivíduos alérgicos a meios de contraste fazer terapêutica
prévia ao exame:
Prednisolona 50 mg às 13 h, 7 h e 1 h antes do exame; difenidramina
1 h antes do exame; sulfato de efedrina 25 mg, 1 h antes do exame.
4. Desaconselhar o exercício físico a indivíduos
susceptíveis e em indivíduos que possam desencadear anafilaxia
aquando de exercício físico precedido por exposição
a alergénios como alimentos e imunoterapia.
5. Sempre que possível utilizar uma terapêutica oral em oposição
à administração parentérica.
6. Manter o doente em imunoterapia específica sob observação
durante 45 minutos.
7. A imunoterapia específica só deve ser realizada em locais
que estejam devidamente equipados com o material de ressuscitação
adequado.
8. Imunizar indivíduos sensíveis à picada de himenópteros.
9. Referenciar a imunoalergologia todo o caso de sensibilidade alérgica.
10. Identificar as crianças, pelas quais o médico de família
é responsável, que possam estar em risco de desenvolver
uma anafilaxia a alimentos e desenvolver o plano de seguimento adequado.
11. Considerar terapêutica ambulatória de urgência
em indivíduos alérgicos (corticoterapia em dias alternados
na anafilaxia idiopática; prescrever kit de auto administração
de adrenalina em indivíduos de risco).
12. Suspender b-bloqueantes durante períodos de risco, em indivíduos
susceptíveis.
13. Não prescrever a doentes com uma história de anafilaxia
ou de atopia, medicamentos com actividade a-bloqueante, devido ao possível
efeito de anulação de adrenalina.
A anafilaxia
é uma emergência médica podendo levar à morte
e o médico de família deve ter um conhecimento aprofundado
dos seus sinais e sintomas assim como da actuação de
primeira
linha e do acompanhamento a longo prazo, numa atitude preventiva.
6
Adrenalina
para auto-administração de urgência
O médico deve fornecer ao doente passível de desencadear
anafilaxia a agente conhecido adrenalina em seringa pré-recarregada.
Esta deve estar sempre disponível. A sua substituição
deverá ser imediatamente realizada caso haja alteração
da cor para castanho, o que é devido à exposição
ao ar e à luz. Tanto o doente como os seus familiares devem ser
treinados no uso de emergência do auto-injector (fig. 1).
14
|
|
|
Figura
1
Auto-injector de adrenalina comercializado em Portugal
|
15
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