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Em 2011, foi um evento especial 🙂

Uma consulta no Faceboomicílio – Dr. José Agostinho Santos no MGF.net Talks 2011

Enquadramento: É muito discutido nos media o que muitos consideram o lado perverso da exposição pública de estados de humor e opiniões em redes sociais, que colidiria com a privacidade individual. Porém, não constituirão estas redes, quiçá, uma ferramenta útil de acesso ao indivíduo?

Descrição do caso: Ana, 19 anos, integrada numa família monoparental. Tem antecedentes de perturbação ansiosa, cuja sintomatologia começara aos 14 anos, altura do divórcio parental. Recorreu ao SU hospitalar após públicas ameaças de suicídio, interpretadas como crises histeriformes em contexto apelativo. Em Outubro/2010, vem à consulta revelando-se “feliz” e com um relacionamento amoroso de 1 ano. A mãe contava “só pensa em namorado e facebook!”. Em Fevereiro/2011, é trazida pela mãe por Ana estar chorosa desde o fim da relação amorosa há 3 meses e ter afirmado “morrer é a melhor solução”. Questionada sobre intenção de suicídio, Ana negou. Atendendo aos antecedentes, tornou-se difícil para o médico de família (MF) e para a mãe determinar o valor preditivo positivo da intenção de suicídio de tais palavras. Porém, uma visita ao seu perfil facebook permitiu constatar que, perante a possibilidade de centralização de atenção, Ana não publicara qualquer informação desde há 3 meses. Tal fez consolidar a suspeita de perturbação depressiva major numa doente de risco. No seu quarto, foi encontrada uma embalagem contendo organofosforados. Em fase terapêutica de manutenção, Ana revelou que planeara o suicídio.

Discussão: Tal como uma consulta domiciliária fornece dados para um entendimento biopsicossocial, esta consulta no faceboomicílio consistiu numa ferramenta explorada do suporte que espelha uma interacção do indivíduo com seu meio, permitindo retirar informação relativa ao seu status na dimensão social e inferir sobre seu status na dimensão psicológica. Este caso é exemplo de que, em contextos clínicos seleccionados, as redes sociais poderão ter uma potencialidade complementar de acesso ao paciente.

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