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Introdução
A disfunção eréctil (DE) é definida como a incapacidade para obter ou
manter uma erecção suficiente para uma actividade sexual satisfatória.
O termo "disfunção eréctil" define com maior precisão a
natureza desta disfunção sexual comparativamente ao termo "impotência".
Existem muitas formas de disfunção sexual mas, apenas iremos focar
problemas de erecção em contraste aos problemas da libido, ejaculação
precoce e outros transtornos ejaculatórios.
Todos os homens, durante a sua vida, têm dificuldade em obter uma erecção
mas, uma disfunção eréctil persistente não é vulgar antes dos 40
anos. A partir dessa altura, a incidência aumenta rapidamente, pelo que
65% dos homens de 70 anos têm problemas de disfunção eréctil,
sobretudo de etiologia vascular (Figura 1). A idade, só por si, não
causa objectivamente DE, apesar da ocorrência de alterações fisiológicas.
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Figura 1 - Incidência de disfunção eréctil com a idade
2
O problema na prática clínica
Fisiologia
da erecção peniana
A flacidez é o resultado da inervação simpática do músculo liso do
tecido cavernoso e dos vasos arteriais. Os estímulos psicogénicos
centrais sensoriais e/ou a estimulação peniana aumentam a actividade
parassimpática, resultando no relaxamento do músculo liso do corpo
cavernoso.
Este fenómeno é mediado pela activação do circuito do Óxido Nítrico/GMPc
e, provavelmente, pela activação adicional do circuito AMPc resultando
num aumento do fluxo sanguíneo através das artérias penianas. O aumento
do fluxo sanguíneo peniano leva à tumescência e a um aumento de pressão
intracavernosa, provocando aumento da resistência à drenagem por
compressão venosa subalbugínea e, finalmente, à rigidez (mecanismo
veno-oclusivo).
Independentemente da etiologia, tem sido sugerido que nos doentes com DE,
a alteração básica subjacente possa ser um desequilíbrio entre a
contracção e o relaxamento do músculo liso do corpo cavernoso (Figura
2).
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Figura 2 -
Fisiopatologia da disfunção eréctil
3
Causas da disfunção eréctil
Existem numerosos factores físicos e psicológicos envolvidos na função
eréctil normal, incluindo factores vasculares, neurológicos, endócrinos
e ainda ligados aos corpos cavernosos. A alteração de um ou mais desses
factores podem conduzir a DE. Assim, a DE é frequentemente classificada
em:
- orgânica, devido a lesões ou alterações vasculares, neurológicas,
endócrinas ou dos corpos cavernosos;
- psicogénica, devido a uma inibição central do mecanismo da
erecção, na ausência de qualquer alteração física;
- mista, devido à associação de factores físicos e psicogénicos.
Na maioria dos homens a DE é devida a múltiplos factores, embora um
factor ou um conjunto de factores possa ser dominante. A maioria dos
factores que afecta a prevalência da DE orgânica está relacionada com
doenças crónicas, cirurgias e traumatismos, farmacoterapia, tabagismo e
consumo excessivo de álcool (Quadro I).
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Quadro I
Causas
de disfunção eréctil |
Psicológicas
|
Vasculares
|
Neurológicas
|
Endócrinas |
Ansiedade
Depressão
Problemas relacionais |
Arteriosclerose
Hiperlipidemia
Diabetes
Hipertensão
Tabagismo |
Lesão
medular ou pélvica
Cirurgia pélvica
Discopatia lombar
Esclerose múltipla
Diabetes
Álcool |
Deficiência
de androgénios
Hiperprolactinemia
Patologia tiroideia |
De facto, a
doença aterosclerótica é responsável por aproximadamente 40% dos casos
de DE em homens com mais de 50 anos. Estima-se que a DE ocorra em 50% dos
doentes com diabetes, independentemente do tipo, sendo a prevalência
dependente da idade e da gravidade da diabetes.
Está descrita a associação da DE com outras doenças crónicas,
nomeadamente insuficiência renal crónica, insuficiência hepática,
esclerose múltipla, doença de Alzheimer e doença pulmonar crónica
obstrutiva.
Anomalias do pénis, tais como as observadas na doença de Peyronie podem
originar DE, cuja gravidade depende da doença. Além disso, estão
associadas à DE certas perturbações endócrinas, nomeadamente
hipogonadismo, hiperprolactinémia, hipotiroidismo e hipertiroidismo, bem
como algumas perturbações psiquiátricas.
A DE ocorre como complicação frequente de traumatismo, irradiação ou
cirurgia da região pélvica, incluindo a prostatectomia radical e a
ressecção transuretral da próstata.
O consumo intenso e prolongado de tabaco e álcool assim como o excesso de
peso podem ser factores predisponentes à DE uma vez que estes factores
estão também relacionados com a hipertensão, diabetes e doença
cardiovascular.
A DE é frequentemente associada a vários medicamentos e ao consumo de
drogas (por exemplo: cocaína e heroína). Devido ao facto de 25% dos
casos de DE poderem ser atribuídos a medicamentos tomados para tratar
outras doenças, a importância da DE induzida por fármacos não deve ser
subestimada (Quadro II).
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Quadro II
Fármacos
associados à disfunção eréctil |
Ansíoliticos
|
Antidepressivos
|
Antihipertensivos
|
Outros |
Fenotiazinas
Butirofenonas
Tioxantenos
Benzodiazepinas |
Tricíclicos
IMAO
Fluoxetina |
Simpaticolíticos
centrais
Bloqueadores ganglionares
Beta-bloqueadores
Vasodilatadores
Diuréticos
Inibidores da ECA |
Antiandrogénios
Cimetidina
Clofibratos
Digoxina
Indometacina |
4
Avaliação diagnóstica
Durante muitos anos a DE foi muito pouco diagnosticada devido à relutância
por parte dos doentes e dos profissionais de saúde em abordar questões
relacionadas com a função sexual.
Actualmente os doentes solicitam mais frequentemente ajuda para resolver
este problema. No entanto, não nos devemos esquecer que muitos continuam
a não falar espontaneamente. Perguntar se "tem algum problema com a
vida íntima" poderá ser uma forma não agressiva de introduzir a
questão abrindo o diálogo para o doente falar quando entender.
Para a maioria dos homens a impotência é uma fonte de angústia. A
ansiedade associada à perda de auto-estima pode levar à depressão, o
que vai afectar a libido assim como outros aspectos da vida, tais como a
sua actividade profissional e o relacionamento com a família em especial
com o cônjuge.
Sugere-se que todos os homens com DE sejam submetidos a uma avaliação
diagnóstica cuidadosa e, em muitos doentes os exames só são pedidos
quando o seu resultado afecta directamente a opção terapêutica.
A história clínica é um instrumento importante para investigar
os factores que podem estar implicados na DE. A primeira consulta deverá
ser longa de modo a permitir que o doente se descontraia e estabeleça uma
relação de confiança com o médico. É importante estabelecer a
natureza do problema e distingui-lo de outros problemas sexuais, tais como
a curvatura peniana ou a ejaculação precoce.
A história sexual deve ser elaborada com dados colhidos junto do
doente e da sua parceira sexual, sempre que possível. Para ajudar a
definir a natureza da DE e a distingui-la de outras formas de disfunção
sexual, é necessário obter informação sobre a percepção
relativamente à DE, incluindo modo de inicio, extensão da incapacidade,
existência de erecções matinais ou nocturnas, frequência e duração
das erecções e satisfação sexual (Quadro III).
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Quadro III
Factores
sugestivos da etiologia da disfunção eréctil |
Manifestações
clínicas sugestivas de organogenicidade |
Manifestações
clínicas sugestivas de psicogenicidade |
Aparecimento
gradual
Aparecimento agudo de causa óbvia
Disfunção constante
Ausência de erecções matinais
Idade > 60 anos
Orgasmo e ejaculação normalmente mantidos, excepto em doenças
específicas
Factores de risco para a DE presentes |
Aparecimento
súbito sem lesão
Problemas relacionais
Situacional
Erecções matinais normais
Homem jovem
Orgasmo e ejaculação podem estar alterados
Sem factores de risco relevantes |
O
exame físico também contribuirá para evidenciar factores causais
ou coadjuvantes. O exame deve incluir uma avaliação do estado geral,
observação neurológica (sensibilidade perianal, tónus do esfíncter
anal, reflexo bulbocavernoso), características sexuais secundárias,
pulsos femorais e das extremidades dos membros inferiores, características
genitais (nódulos penianos sugestivos de Doença de Peyronie, avaliação
das dimensões e consistência dos testículos para detectar existência
de hipogonadismo).
A avaliação psicossocial também deve ser um procedimento a
incluir na fase inicial do rastreio, com o objectivo de verificar se
existem factores psicossociais relacionados com a DE que necessitem da
opinião e/ou tratamento com um psicólogo. Os tópicos que devem ser
abordados são a ansiedade no desempenho, a natureza da relação
doente-parceiro sexual (incluindo potencial conflito), as técnicas
sexuais habitualmente praticadas, assim como a motivação e expectativas
relacionadas com o tratamento.
A avaliação laboratorial recomendada para excluir diabetes não
diagnosticada ou outra doença sistémica, deve incluir análise de urina,
hemograma, creatinina, glicemia em jejum ou hemoglobina glicosilada e
testosterona sérica. A avaliação do PSA e perfil lipídico pode ser
considerado mas não é mandatória.
A necessidade de recorrer a exames de diagnóstico mais especializados é
determinada pelos resultados dos exames anteriores e também, pela motivação
do doente, os seus desejos e escolha das opções terapêuticas (Quadro IV).
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Quadro IV
Exames específicos em doentes seleccionados |
Endócrinos |
Neurológicos |
Hemodinâmicos/Vasculares |
Hormona luteinizante (LH)
Globulina de ligação à hormona sexual
Prolactina |
Tumescência peniana nocturna
Testes neurofisiológicos |
Teste farmacológico intracavernoso
Eco-doppler a cores
Faloarteriografia
Cavernosometria/cavernosografia
Biópsia do músculo cavernoso liso |
Embora os
procedimentos laboratoriais dêem um contributo valioso para a determinação
do diagnóstico num doente com problemas sexuais, a função sexual é
melhor avaliada através de técnicas de auto-avaliação. Assim, foi
desenvolvido um questionário de auto-avaliação, o Índice Internacional
da Função Eréctil (IIFE), que permite quantificar objectivamente o grau
da DE e avaliar a resposta ao tratamento. O IIFE com as suas 15 perguntas
avalia cinco dimensões da função sexual masculina em várias culturas:
função eréctil, função orgásmica, desejo sexual, satisfação na
relação sexual e satisfação global. Demonstrou-se que o domínio da
função eréctil, que incluía 6 perguntas (pontuação máxima de 30),
proporciona uma medida fidedigna para classificar a gravidade da DE em
ligeira (17-25), moderada (11-16) ou grave (6-10).
O questionário sobre Saúde Sexual para homens - IIFE-5 (Figura 3),
baseado no IIFE, foi desenvolvido com o objectivo de fornecer um
instrumento de diagnóstico abreviado (5 perguntas) para a DE, embora
mantendo sensibilidade e especificidade elevados.
21
Figura 3 - Índice Internacional da Função Eréctil (IIFE 5)
5
Possibilidade de intervenção em Medicina Geral e Familiar
A maioria dos homens com DE está afectada psicologicamente, mesmo quando
a causa é orgânica. O aconselhamento sexual é um aspecto importante de
qualquer tratamento e deve envolver a parceira, pois ajuda a tranquilizar
o casal e alivia a tensão na relação.
Na primeira consulta, o doente deverá ser informado das possíveis causas
do seu problema, da eventual necessidade de exames posteriores e quais as
opções de tratamento que o possam ajudar. Deve-se aconselhar o doente a
reduzir o consumo de tabaco, álcool e drogas. O controle da diabetes
deverá ser monitorizado e nos hipertensos com uma alteração da terapêutica
antihipertensiva poderemos resolver ou melhorar uma disfunção eréctil.
Na generalidade, muitos homens poderão ser tratados pelo médico de família
com conhecimentos clínicos básicos sobre DE.
Nas consultas subsequentes, o doente deverá ser questionado acerca das
suas erecções e os testes preliminares deverão ser revistos. Alguns
homens com ansiedade ligeira acerca das suas "performances"
poderão ter sentido uma ligeira melhoria devido ao aconselhamento
inicial. Em outros, a terapêutica pode ser iniciada e outros ainda deverão
ser enviados para investigação e tratamento posteriores (Quadro V).
Quadro
V
Doentes a enviar ao Urologista |
Doentes que necessitam ser referenciados: |
Jovens com hipogonadismo
Hiperprolactinemia
Causas neurológicas
Alterações psiquiátricas específicas
Problemas complexos de relacionamento
Ausência de resposta à terapêutica oral |
É aceitável
a prescrição de testosterona a homens mais velhos com evidência de
deficiência de androgénios, especialmente nos que sofrem da diminuição
da libido, mas deverá ser excluída a hipótese de carcinoma da próstata
(exame rectal digital e doseamento do PSA sérico).
Existem vários tratamentos possíveis para a DE, cada um dos quais
associado a um perfil diferente de eficácia, segurança, tolerância e
satisfação do doente.
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Terapêutica
oral
Muitos homens consideram a terapêutica oral como o tratamento de eleição.
A fentolamina oral e a apomorfina estão neste momento em desenvolvimento
clínico. A yohimbina, agente alfa-bloqueante que actua no sistema nervoso
central, tem alguma utilidade num grupo altamente seleccionado de doentes
com DE de etiologia predominantemente psicogénica. Os efeitos adversos
incluem ansiedade e hipertensão.
O sildenafil é o primeiro fármaco oral eficaz aprovado para o tratamento
da DE e constitui uma potencial terapêutica de primeira linha para a DE
de qualquer etiologia. É um inibidor da fosfodiesterase tipo 5 que impede
a degradação do GMPc, com consequente aumento dos seus níveis
intracelulares no músculo liso dos corpos cavernosos. O Sildenafil é
rapidamente absorvido após administração oral, deve ser tomado mais ou
menos uma hora antes da actividade sexual e o seu efeito dura
aproximadamente quatro horas. Está disponível em apresentações de 25,
50 e 100 mg. Os ensaios clínicos demonstraram uma eficácia de 40-80%,
dependendo da etiologia da DE. Os efeitos secundários são
maioritariamente cefaleias (16%), rubor facial (10%) e dispepsia (7%). Em
3% dos homens verificou-se também uma alteração ligeira e transitória
da visão, assim como sensibilidade à luz ou visão manchada. As
contra-indicações absolutas incluem doença hemorrágica activa e a
terapêutica concomitante com nitratos, pelo risco de hipotensão.
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Aparelhos
de vácuo
Têm a vantagem de não serem invasivos e puderem ser eficazes em doentes
com DE de qualquer etiologia. Só devem ser utilizados 30 minutos de cada
vez e requerem a cooperação da parceira. Existem poucos efeitos secundários
apesar de existir algum nível de desconforto e de se sentir o pénis
frio. Podem ocorrer escoriações em cerca de 10-15% dos homens. A única
contra-indicação absoluta à tumescência por vácuo é a terapêutica
anticoagulante.
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Sistema de
aplicação transuretral
O MUSE foi desenvolvido para a aplicação transuretral do alprostadil, a
preparação sintética equivalente à prostaglandina E1. O alprostadil
foi inicialmente aprovado no tratamento da DE através de injecção
intracavernosa. O doente deverá urinar antes da aplicação, de forma a
lubrificar e facilitar a passagem do aplicador e a absorção do fármaco.
A erecção demora cerca de 10 minutos a desenvolver-se e as doses variam
entre 125 e os 1000 mcg, com uma eficácia de cerca de 43%. O efeito
secundário mais vulgar foi dor peniana (30%), queimadura uretral (12%) ou
hemorragia uretral ligeira (5%). O seu uso está contra-indicado sem
preservativo quando a parceira está grávida ou apta a engravidar.
9
Terapêutica injectável intracavernosa
A terapêutica com injecção intracavernosa foi iniciada em 1982 com a
papaverina. Muitos especialistas encaravam esta opção como o tratamento
padrão e utilizavam-no tanto para diagnóstico como para tratamento,
apesar do seu papel como terapêutica de 1ª linha ter sido substituído
por abordagens menos invasivas. Neste momento são muitos os fármacos
disponíveis para injecção intracavernosa, no entanto o alprostadil é
ainda considerado, por muitos, como regra de ouro da terapêutica injectável.
O alprostadil era o agente mais utilizado, sendo eficaz em 70-80% dos
casos e tem uma baixa incidência de efeitos secundários. Em 15-50% dos
doentes ocorre dor peniana. A dose varia entre 5-20 mcg, mas pode-se
aumentar ou associar à papaverina ou à fentolamina. Verificou-se
priapismo em cerca de 1% dos doentes e a incidência de fibrose foi de 10%
a longo prazo.
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Cirurgia
arterial / venosa
Só está indicada em homens jovens (<40 anos) com lesão arterial pós-traumática
comprovada por angiografia selectiva e sem factores de risco tais como
tabagismo, hipertensão ou diabetes. Uma selecção cuidadosa dos doentes
permite uma taxa de sucesso de 65% por ano.
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Próteses
penianas
Este tipo de tratamento só é levado a cabo após uma cuidadosa selecção
dos doentes e tentativas frustradas de métodos menos invasivos. Existe
uma variedade de diferentes aparelhos que vai desde a prótese simples
maleável às próteses hidraúlicas mais complexas. Estas têm a vantagem
de flacidez e são mecanicamente de confiança, com taxas de revisão
inferiores a 5% por ano.
As infecções são ainda a maior complicação e, em cerca de 3-5% dos
casos originam a remoção do aparelho.
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Pontos práticos
- A DE é a incapacidade de obter e/ou manter uma erecção suficiente
para uma relação sexual satisfatória.
- A DE é mais vulgar no homem com idade superior a 40 anos com factores
de risco associados (doenças crónicas, trauma pélvico ou cirurgia,
abuso de álcool, tabagismo, arteriosclerose sistémica e diabetes).
- A avaliação diagnóstica padrão deverá incluir uma história clínica
e sexual e o exame físico do doente.
- Existem várias opções de tratamento disponíveis, estando cada uma
delas associada a um diferente perfil de eficácia, segurança e satisfação
do doente.
- Todos os doentes beneficiam de aconselhamento psicossexual.
- É habitual iniciar-se uma terapêutica não invasiva e limitar os
tratamentos mais invasivos aos doentes com indicações especiais.
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