Controlo Intensivo da Pressão Arterial na Diabetes Mellitus tipo 2: mensagem-chave do estudo ACCORD

Por Lígia Torres Lima, USF São João do Sobrado

Os doentes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) têm um risco cardiovascular (CV) aumentado, o qual pode ser reduzido por um melhor controlo da pressão arterial (PA).

O ramo da hipertensão arterial (HTA) do estudo ACCORD seguiu 4733 doentes com DM2, com risco CV aumentado, por uma média de 4,7 anos. No grupo submetido a tratamento intensivo, com o objectivo de uma PA sistólica (PAs) menor que 120mmHg, não houve redução estatisticamente significativa da taxa de eventos CV fatais e não fatais, quando comparado com o grupo sob tratamento padrão, com valor alvo de PAs menor que 140mmHg. Verificou-se, contudo, uma pequena diferença, estatisticamente significativa, na taxa total de enfartes – 0,32%/ano no grupo de tratamento intensivo vs 0,53%/ ano no grupo submetido a terapia padrão.

Os efeitos adversos do tratamento anti-hipertensivo (hipotensão, hipercalemia, bradicardia ou arritmia) foram mais comuns no grupo submetido a controlo intensivo da PA.

Estes resultados obrigam a repensar a abordagem da HTA nos doentes com DM2.

Artigo original: http://www.npci.org.uk/blog/?p=1296

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