Por Ricardo Rocha, UCSP Moimenta da Beira
De acordo com as directrizes para o acidente vascular cerebral (AVC) isquémico publicadas este ano pela American Heart Association/American Stroke Association, os doentes elegíveis que se apresentem no hospital com AVC isquémico devem receber ativador recombinante do plasminogénio tecidual (rTPA) dentro de 60 minutos após a chegada.
– Doentes com suspeita de AVC devem ser rapidamente referenciados para a unidade de AVC mais próxima ou para a instituição de saúde mais próxima com serviço de urgência adequado.
– Em hospitais periféricos sem uma equipa específica para o tratamento do AVC, a telemedicina, actividades formativas e treino das competências médicas adequadas para esta patologia, podem ajudar a aumentar o uso de rTPA.
-A fibrinólise intravenosa pode ser considerada em pacientes com sequelas leves de acidente vascular cerebral, melhorando rapidamente os sintomas do AVC, cirurgia “major” nos 3 meses seguintes e enfarte do miocárdio recente.
-Devem ser feitos esforços para reduzir o tempo do início dos sintomas à reperfusão com terapias intra-arteriais.
Comentário: Tal como o Dr. Edward Jauchum , primeiro autor do artigo, refere, não existe nenhuma “revolução” nesta guideline quando comparada com a publicada em 2007.
A salientar que, em Portugal, segundo o relatório da Comissão de reavaliação da Rede Nacional de emergência/urgência, todos os Serviço de Urgência Médico-Cirúrgico e Serviço de Urgência Polivalente deverão ter a capacidade para diagnóstico clínico e imagiológico de AVC agudo, bem como de efetuar o tratamento trombolítico, nos casos com indicação.
A via verde do AVC implementada no nosso país é um sistema de resposta rápida com algoritmo clínico de avaliação e tratamento em que a relação entre o tempo para realização de um grupo de atitudes clínicas é absolutamente determinante do resultado terapêutico.