USPSTF recomenda rastreio de obesidade, mas não o aconselhamento de estilos saudáveis de vida por rotina

Por Vanessa Xavier, IFE MGF – UCSP Vale Formoso

A United States Preventive Servicse Task Force (USPSTF), numa guideline publicada no Annals of Internal Medicine, recomenda que todos os adultos sejam rastreados relativamente à existência de obesidade. Se o Índice de Massa Corporal for igual ou superior a 30Kg/m2, deve ser proposto ao utente uma intervenção comportamental intensiva e que englobe vários componentes (força de recomendação B). A USPSTF encontrou evidência que estas medidas podem levar a uma perda de 4 a 7Kg, bem como melhorar a tolerância a glicose e outros fatores de risco de doença cardiovascular.

Noutra guideline, publicada na mesma revista, a USPSTF constatou que o benefício do aconselhamento de uma alimentação saudável e exercício físico em adultos saudáveis, isto é, sem hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia ou doença cardiovascular conhecida em consulta de cuidados de saúde primários, é baixo e pode levar a gasto de tempo necessário para outras atividades preventivas que tenham um maior impacto em termos de saúde. Deste modo, a USPSTF recomenda que este aconselhamento não seja oferecido em consulta a toda a população adulta, mas sim em casos selecionados, nomeadamente aqueles que apresentem outros fatores de risco cardiovasculares ou que estejam num estádio de mudança comportamental (força de recomendação C). Este aconselhamento é mais benéfico se for realizado a uma escala comunitária, como através de campanhas de sensibilização, educação escolar, etc.

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