Depressão e o risco de AVC

Por Joana Costa, USF das Conchas – Lumiar

Os autores desta revisão sistemática e meta-análise procuraram investigar se a depressão poderia ser um fator de risco para a morbimortalidade associada ao AVC. No decurso da sua investigação, encontraram 31 estudos que reportavam que a depressão estaria associada a um risco significativamente aumentado de AVC. Mais, que estaria associada a um risco aumentado de AVC fatal e AVC isquémico, em particular.

Quanto ao tratamento da depressão com antidepressivos em associação com o risco de AVC, não foi encontrada muita informação. Contudo, parece não haver diminuição desse risco com instituição da terapêutica, muito provavelmente porque o uso de antidepressivos está habitualmente associado a depressões mais graves, logo, com maior risco de AVC.

Em conclusão, os autores consideram que a associação entre a depressão e o risco de AVC tem significado estatístico relevante, embora não esclareça quais as suas implicações na prática clínica. Contudo, sinaliza a importância de se efetuarem mais estudos sobre o assunto, bem como de se prestar maior atenção a outros fatores de risco cardiovascular em pacientes com depressão e abordá-los adequadamente.

Artigo original:  http://ebmh.bmj.com/content/15/1/6.extract

 

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