Por Carlos Martins
Um relatório publicado recentemente na Pediatrics recomenda que os pediatras aconselhem os pais a assumirem um papel central de vigilância das actividades online das suas crianças. Parece-nos evidente que tal recomendação será igualmente aplicável aos médicos de família.
Este relatório cita um estudo que aponta para um uso intensivo das redes sociais pelos adolescentes: um em cada cinco visita sítios de redes sociais mais de 10 vezes por dia.
Eis algumas das recomendações para os profissionais de saúde:
– Incentivar os pais a falar com as crianças sobre o uso da Internet, incluindo as redes sociais, como o Facebook. Os pais devem estar cientes dos potenciais problemas, incluindo depressão, cyberbullying, e questões de privacidade.
– Incentivar os pais a conhecerem as novas tecnologias que os filhos usam.
– Recomendar que as famílias desenvolvam “planos de uso online”. Estes planos irão encorajar “comportamentos online saudáveis” como, p.ex. verificações regulares da privacidade.
– Aconselhar os pais a activamente supervisionarem os seus filhos em vez de confiarem nos softwares de monitorização.
A American Academy of Pediatrics também aconselha os médicos a aprenderem sobre as novas tecnologias para também eles estarem melhor preparados na abordagem destas temáticas relevantes com os pacientes e suas famílias.
Artigo original: Pediatrics article